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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Uma mentirinha sem maldade

Hoje, dia primeiro de abril,
deitado em minha rede de embira,
procuro alguma rima pra mentira
e outra para a puta que pariu.

Ao longe vejo o céu azul anil
e, logo mais adiante, a pombajira
parece procurar o curupira
extinto das florestas do Brasil.

Mas como é só primeiro de abril
e a puta, ao ser mãe, esconde o til
e eu não consegui achar as rimas.

Outorgo, a quem quiser, este soneto
e vou exercitar o esqueleto,
no vai, e vem, e volta... atrás das "primas".
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/04/2015
Alterado em 04/04/2015
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