![]() "Das cartas que me escreves, faço barcos de papel"
Mario Quintana Barquinho de papel Navego o meu barquinho de papel, desde que me entendo como gente. Seguia o curso d'água da enchente, como deve seguir um cão fiel. A chuva, feito lágrimas do céu, levava, de roldão, qualquer tristeza. E o barco, a deslizar na correnteza, levava, pra bem longe, todo o fel. Hoje faço barquinhos virtuais, com as notícias postas nos jornais, sobre rios de sangue e o mar de lama. Faço da suas cartas de amor um barquinho sem remo e sem motor, pois quem as escreveu já não me ama. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 21/04/2015
Alterado em 13/07/2018 Copyright © 2015. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|