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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Discípulo de Onan

Morreram, afogados na privada,
os espermatozoides do garoto.
Pobres coitados foram pro esgoto,
nadando na paixão ejaculada.

A fantasia para a namorada
foi o carrasco da execução.
Foram banidos por uma só mão,
após idas e vindas ritmadas.

Morreram, com as caldas decepadas,
expostos à cruel execração.
Sequer, sobrou um só, em um milhão,
quando chegou o fim dessa jornada.

A mão, do vil carrasco, extasiada
sepulta a seiva morta da paixão.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 20/06/2015
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