![]() Monólogo do seio direito
Hoje vivo a pagar pela saudade, que a lembrança de ti me sentencia. Velei por ti na vil patologia que mutilou bem mais que a vaidade. Eu vi o sangue encher a cavidade e vi murchar o pomo ao meu lado. Eu vi um viço inteiro sepultado num jazido de dor, sem piedade. Chorei contigo o leite derramado, ao ver que teu destino foi somado, como percentual, ao sofrimento. Eu sou, do seio esquerdo, o vizinho que vive a dar guarida, a dar carinho... à dor, que ora sozinho, amamento. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 21/06/2015
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