![]() Luvas vazias
As suas mãos guiaram minhas mãos nos meus primeiros passos na escrita. A poesia, coisa mais bonita, brotava aos montes feito um turbilhão. Eu era um verso ainda em nidação: um jovem rubicundo menestrel, qual uma pauta em branco no papel, à espera da divina inspiração. Hoje jazo, sem vida, num soneto. De luto, a poesia veste preto, a debulhar o pranto das viúvas. E quando minha mão procura a dela uma verdade triste se revela: a suas mãos são só um par luvas. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/06/2015
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