![]() Minha mais tola metáforaUm pomposo colar de esmeraldas lhe abraçava o pescoço displicente. Nenhum olhar ficava indiferente ao brilho de tais contas peroladas.
A bela dama, ar de inocente, olhar errante (súdito do riso) dava sinais fugazes, imprecisos... qual fosse o sibilar duma serpente.
O colo insinuante era um aviso. Um convite silente e indiscreto. Aquele olhar que fez ficar ereto o pomo de Adão no paraíso.
E eu, o novo Adão de hoje em dia, a cobiçar maçãs de silicone, peguei, discretamente, o telefone como que examinasse a bateria.
Então ela se foi pra junto ao mar, pôs o belo colar por sobre a areia e tão inquieta, quanto a maré cheia, despiu-se sob a benção do luar.
E eu, um Don Juan de lua cheia, a cobiçar quadril lipoaspirado, Grasni alguns acordes de pecado pra confundir o canto sereia. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 02/10/2015
Alterado em 28/09/2022 Copyright © 2015. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|