Canto da quimera
Ouvi teu canto a entoar lirismo
nos recitais da abóbada celeste, onde as estrelas em luto cipreste, choravam as perdas de um cataclismo. A tua voz se impondo à voz do sismo, que sacudia a terra e o céu, solene, qual bolero de Ravel, modulava acordes por entre abismos. Ouvi teu canto como elegia em louvor da estrela que morria e do vazio da escuridão... do céu que pôs-se sepultar a lua, fez minha voz sonhar que era a tua: Única estrela que não foi ao chão!
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 04/10/2005
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