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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Ladrão de poesia

Já vai distante o tempo que a paixão
rondava, nas esquinas deste mundo,
a procurar o amor de um vagabundo
que, como eu, vivia em solidão.

Eu era pouco mais que um ladrão:
um vate a roubar, da poesia,
a arte, que no verso se escondia,
enquanto eu procurava inspiração.

Já tão distante (quase eternidade),
o tempo envelheceu minha vontade
e o que roubei outrora não me serve.

Hoje, sou um poeta de partida
a mendigar um verso que, na vida,
foi sonho de paixão, inda que breve.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 18/03/2017
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