![]() Ossos do ofício
O esqueleto curvo pelos anos, que nos ombros ostenta uma caveira, abrigou uma alma verdadeira, que fora em vida algum parnasiano. Não me recordo bem quem foi o dono, mas dos poemas lembro-me ainda. fervia de emoção em cada rima, a cotejar o sacro e o profano. A alma de um poeta conhecido por ter se encarnado em um poema: "A psicologia de um vencido". Hoje, junto aos seus ossos, um dilema: Será meu Deus que, no apagar da lida, morrer como poeta vale a pena? Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/10/2005
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