No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Nós, os avestruzes!
c!ãoQuanta sujeira! Quanta falcatruaI
O  lixo vai pra baixo do tapete!
O povo vai servindo de enfeite,
refabricando meninos de rua.

O patrimônio que ora se cultua,
como a moral, o bem, a honestidade...
cedeu o seu lugar pra Magestade,
o sumo capital que a bolsa atua.

Hoje, quando se fala em boa ação,
independentemente de utopia,
se fala de uma ação que, a cada dia,
renova os predicados da inflação.

Aonde vai parar o cidadão!?
Pra onde a política conduz!?
Seremos um eterno avestruz:
bunda pra riba e cara pro chão!?

Seremos mil  reféns de um capitão,
que vive entre martelo e a cruz?
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 12/08/2007
Alterado em 10/07/2020
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras