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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Concepção

Ah, o amor! Essa coisa démodé,
esse substantivo masculino,
que os poetas cantam como hino,
é tudo o que me resta de você.

Amor que aparece da tevê,
na cena mais sentida da novela,
aquela em que o sol brilha na tela,
é tudo o que me falta de você.

Ah, o amor! Essa coisa sem sentido,
que você traz de mim, sem ter pedido,
é tudo o que resta de nós dois.

Amor que encurtou o seu vestido
e finalmente vai fazer sentido
o choro que se espera pra depois.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 06/09/2017
Alterado em 12/01/2019
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