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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Meu verso

Meu verso é um átomo, em fusão,
pronto pra explodir, em poesia,
pelo chão do Parnaso e cercania,
como se fosse larvas de vulcão.

Meu verso é um dedo em cada mão,
que guarda as angústias confessadas
das almas tíbias e desencarnadas,
que se flagelam pela vida em vão.

Meu verso é um casulo de ilusão,
sutil metamorfose do que sinto.
Sem bússola, percorre o labirinto
em que vagueia o só em solidão.

Meu verso vem ao mundo dizer não,
se minha pena escreve enquanto minto.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 07/10/2017
Alterado em 07/10/2017
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