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A casa vazia
A casa do poema está vazia!
O mato escondeu-lhe a fachada! Só a janela sem trinco, quebrada, ficou aberta para a luz do dia... Por ela foi-se embora a poesia, deixando letras mortas pelo chão. Sonetos que perderam a emoção, canções em dissonante melodia. Um velho gato que inda vigia as flores tristes dum caramanchão, desfaz novelos de melancolia... fiando rimas com a solidão. A casa vazia, eu não sabia, é o endereço do coração.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/10/2005
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