No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Meu coração-cupido

A poesia pediu-me que viesse
no abrir asas da minha saudade,
para dizer-te da felicidade
que, no meu coração, ora floresce.


Pediu-me que falasse da vontade
que me chafurda fundo o pensamento
e que me põe a semear o vento,
para colher paixões na tempestade.


Eis-me  -servil-  a mando da Poesia,
em meio a tempestades de paixão.
Trago a salvo, o escravo coração,
que não soube fugir quando podia.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 26/08/2007
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