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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Um Ocaso em si bemol

Foi-se, a última nota musical
Rangendo em dissonante sofrimento!
Um Si bemol, acordes dum lamento,
A sostenir sblime recital.

A partitura enverga-se  ao final!
Resta a última nota do refrão,
No lugubre sepulcro da canção,
Como fosse um doente terminal.

Foi-se a última dor duma paixão:
Um Si bemol em busca do destino,
Deixando um gosto amargo no refrão:

O mugido final do violino,

Junto ao pranto de dor do violão
E a lembrança dos tempos de menino.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 31/08/2007
Alterado em 07/11/2024
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Comentários
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Andrade Pinto
Bela mistura de música e poesia, Cula! Teus versos bem dispostos numa partitura com belissimos acordes, soam como uma sinfonia. Sinfonia em si bemol.

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