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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto para "Duas guitarras"

Duas guitarras gemeas siamesas,
unidas pela corda da paixão,
se enamoraram por um violão,
como acontece em contos de princesas.

O trígono do amor se fez canção
e os astros se alinharam equidistantes.
E o violão, em notas dissonantes,
fez a terceira voz do coração.

E a música e Deus, em comunhão,
impõem o sentimento à razão,
e os sons da natureza à melodia.

E eu, em transe extrema de ventura,
entrego o coração à partitura
e subo aos céus atrás de companhia.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/07/2018
Alterado em 11/07/2018
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