No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Sem borogodó (Menção ao borogodó de Rosa Pena)

Olhos castanhos de camaleão,
nariz traquino de tamanduá,
voz afinada entre sol e lá,
orelhas de quem presta atenção.

Um ar de recatada educação,
andar macio e descontraído,
cabelos, alguns anos já vividos,
cobrindo corpo e alma em comunhão.

Assim eu era quando a conheci!
Eu era um sorriso ambulante!
Um corpo esguio e aconchegante,
cheio de viço, que também perdi.

Hoje, eu desafino em si e dó:
Perdi o viço e o borogodó.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 07/09/2007
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