No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Chamas da santa inquisição
Tu, que na beócia inteligência,
viveste a zurrar nos quatro cantos,
em nome de ti e de outros tantos,
tristes ideais das reminiscências.

Tu, que aceitaste a vil incumbência
de revolver cruentas cicatrizes;
Te entregaste, como as meretrizes,
ao vil papel da subserviência.

Tu és o nada a espreitar a morte.
Quem sabe Deus, se tu tiveres sorte,
a humanidade se esqueça de ti.

Vai-te embora que ainda é cedo,
talvez assim possas guadar segredo
da atrocidade que fizeste aqui.


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 29/10/2005
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