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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O avesso do plágio

Não hei de copiar-te a poesia,
se não me cabe a tua inspiração!
Não posso plagiar teu coração,
porque então eu te plagiaria!?

Dá-me, a minha paz como alforria,
e eu me esquecerei deste poema;
E pesarei, por ti, a minha pena;
E outorgarei, pra ti, a autoria.

Apenas peço que nesse momento,
teu coração se orgulhe do poeta
e da beleza do seu sentimento.

De resto... Acharás a porta aberta,
outros poemas para o teu intento,
e minha alma, por ti, descoberta.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/10/2005
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