Corpo estranho
Poeta, esse ser alienado,
apêndice do mundo irreal, vive, agudamente inflamado, a supurar a massa cerebral numa drenagem farta, intermitente... como fosse espuma em profusão: Espasmos de lirismo e ilusão em que o coração inunda a mente. Faz-se, então, da musa, a arquitetura; Do mundo de ilusão, a engenharia; No apêndice talha-se a figura... Pelos golpes da arte, a poesia. Da convulsão, soberba criatura que nasce pra matar tanta agonia.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/10/2005
Alterado em 05/04/2008 Copyright © 2005. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |