![]() Os novos inquilinos do poder
Dentro dos calabouços do poder, entre ratos furtivos e baratas, os bichos, que ostentam duas patas, aprendem facilmente a roer. Vestidos em seus ternos e gravatas, de colarinhos brancos engomados, negam veementemente os seus pecados, por sob mil senões e mil bravatas. Assim dá-se a mudança, e nada muda. E a cada dia fica mais polpuda a pança do espúrio capital. E os ratos e baratas, em festança, ofertam os seus sobejos, como herança, ao predador, herdeiro natural. Não fosse algum deslize inusual, ninguém daria conta da mudança. É que um rato, seu moço, nunca cansa de defecar nas sombras da moral. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/02/2019
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