![]() Nasce uma quimera!
Um copo de uísque, um cigarro... Mais um cubo de gelo! Quem o dera expectorar a última quimera, que a tosse há de trazer junto ao escarro. O fumo se mistura à atmosfera e as cinzas se esfarelam sobre a mesa. Nem mesmo o relógio dá certeza, se o tempo inda dá tempo pra espera. Um trago de cigarro, outra bebida... Um acesso de tosse, mais catarro... Mais fumaça, mais cinza, mais cigarro, e a quimera parece ganhar vida. No relógio, as horas de partida... Na parede, uma foto em branco e preto e os rabiscos dos versos de um soneto, que fala em beija-flor e margarida. Enfim, a poesia é parida, ao soluçar da derradeira tosse! Enfim, vê-se a quimera tomar posse: do bar, do beija-flor, da margarida... Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 06/11/2019
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