![]() Flor-do-natal
Na rede de dormir da minha infância, eu fiz um buraquinho, com o dedo, para enxergar o mundo em segredo e cutucar o medo à distância. De lá eu escrevia o enredo de cada um dos sonhos de menino. De lá eu dava ordens ao destino como se o mundo fosse de brinquedo. Da rede de dormir da minha infância me restam os vestígios da fragrância das flores que plantei no meu quintal. E uma dessas flores, eu me lembro, brotou em vinte e quatro de dezembro, e floresceu no dia de Natal. Desde então eu trago aqui comigo, pra dá-la de presente a um amigo, pois que não há no mundo outra igual. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 24/12/2019
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