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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Eu e Maria

Lembro daquela lua, aquele dia,
que era, de beleza encantadora,
e muito mais altiva do que fora,
soberana, do céu, como queria.

Pedaço de amor e poesia,
que o coração doara ao firmamento,
que se fez lua pelo encantamento
de uma paixão, que há tempo me doía.

Foi nesse dia, quando olhei a lua
brilhando em tua boca, tatuada,
que a minha alma deu conta da tua

e nunca mais viveram separadas.
Pois que a alma, quando fica nua,
se faz de lua: Eterna namorada!

Hoje eu vejo a lua, da calçada,
a desfilar no céu da minha rua!
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 08/02/2020
Alterado em 08/02/2020
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