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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Homem terminal

Metáfora fiel ao meu destino
escrita pela mão da poesia,
tu és o verso que me sentencia
à escravidão do ego feminino.

Doei-te todos os sonhos de menino,
com juras de amor e castidade.
Hoje, ao dobrar a curva da saudade,
perdi-me na metade do caminho.

Nada levei de ti, vivo sozinho
a mendigar um pouco de carinho
pelas lembranças mortas do passado.

E, não fosse a paixão pelos sonetos,
eu andaria ébrio pelos guetos
a caducar nos braços do pecado.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 09/10/2007
Alterado em 29/09/2021
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