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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O ocaso do opróbio ( poema sentido sem sentido )

Ao estertor da entrega conivente,
o ostracismo abraça-se à derrota.
E seguem, sem parar, a mesma rota
no sórdido abissinismo insurgente.

Quais gêmeos pusilâmines, cadentes..
seguem sem contestar, a procissão,
rezando a reza torta do sermão,
que se rezava até antigamente.

Por serem abortados da miséria,
entoam sua neuma deletéria
nos cavernosos templos da vingança.

E, ao se degradarem na progéria,
ostentam a homérica pilhéria,
no ocaso desta espúria aliança.

Se há neste poema coisa séria ,
a mente do poeta não alcança.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 10/11/2005
Alterado em 28/11/2020
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