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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Os outros

“O que julgas nos outros? As minhas esperanças.” Nietzsche

Quem julga que o outro tem mecônio
no cérebro, é parvo, é obtuso...
tem falha de caráter ou não faz uso
da cota hereditária de neurônios.

A inteligência, esse patrimônio
que o cérebro consome dez por cento,
às vezes faz fluir no pensamento,
um cheiro intrigante de amônio.

Quem trata um ser humano como hiena,
há de aprender a rir, a duras penas,
da própria (magistral) ignorância.

Há de rever os vícios de nascença
(na busca do perdão pelas ofensas)
pra diluir o fel da arrogância.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 06/09/2020
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