![]() Que Platão volte poeta.
"Eu só sei que nada sei disse Sócrates um dia". É dessa filosofia, que eu faço a minha lei. E embora não seja um rei, também tenho o meu reinado, que é o mundo encatando em que vive a poesia, que acolhe a filosofia do presente e do passado. A poesia é meu fado, meu trilho, minha bagagem, o meu mapa de viagem, o passado navegado, e o futuro anunciado pelas ações do presente. Que seja o réu inocente, por um ato ou intenção do instinto ou da razão, do coração ou da mente. Seja a maçã, a serpente, o pecado, o perdão... a crença, a religião... a raiz ou a semente. O corpo são, o doente... o feliz, o infeliz... a santa a meretriz... o ancião, o menino... e até a voz destino, que nuna houve o que diz. Sou um poeta aprendiz de Augusto, de Pessoa... uma cabeça que voa, por sob os cabelos gris, com arroubos juvenis que à inspiração incita, seja na fala ou escrita, seja na linguagem muda, que a poesia desnuda, pra parecer mais bonita. A poesia que habita o lar da inspiração, que se chama coração pra quem sabe ou acredita. Que a verve seja bendita e que a beleza secreta, que ao poeta inquieta com a dor da criação, traga de volta Platão, e desta vez: um poeta. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/09/2020
Alterado em 16/09/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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