![]() Saudade...
O que hei de fazer dessa saudade, que me embaça a luz já tão distante? Se a luz do seu olhar, luar minguante, roubou, do meu olhar, a claridade? O seu olhar de adeus, sem piedade, sorriu como quem conta uma piada. Se foi e se perdeu na torta estrada dos longos labirintos da saudade. Os anos viajaram, desde então, levando o seu sorriso na bagagem. Hoje, esbaforidos da viagem, descansam na penúltima estação. O beijo, que secou na sua mão, e que me dividiu pela metade, multiplicou a dor que ora me invade sem me deixar sequer dizer que não. A dor que alguns chamam de saudade mas que no fundo é só recordação. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 27/11/2020
Alterado em 27/11/2020 Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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