![]() Estranha canção de ninar
Insone, gasto as horas sobre a cama a espiar a lua da janela. A noite dá realce à luz da vela, que a brisa da paixão atiça a chama. Meus olhos, ora escravos das pestanas, teimam em dar visão ao sofrimento. O sono me escraviza o pensamento e torna a vigília desumana. Acorde de fadiga e depressão ensaia o estribilho da canção, que um dia eu sonhei houvesse feito. Hoje tenho na noite a cicerone que me vela a lembrança e, insone, embala a dor do mundo no meu peito, a ninar um amor que não tem nome, por conta de uma dor que não tem jeito. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 16/12/2020
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|