No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Soneto metafórico

Porejou em meu peito este poema,

minando em mim fecunda inspiração,

roubando-me a lira , sem perdão,

como o perfume rouba o alfazema.

 

Vesti meus versos nus com diadema,

em coroas da minha poesia.

E agora rei, fundei a dinastia

onde poetas vivem seus dilemas:

 

Forjar no verbo pétalas de ouro;

e no ouro forjar a luz do sol.

Forjar no astro rei algum tesouro,

 

e no tesouro, a paz do arrebol.

Fazer com que o riso roube o choro ,

e o astro rei se curve ao girassol.

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/11/2005
Alterado em 12/09/2023
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras