No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Antiquário

Hoje eu exponho todos meus amores,
os que colhi aos montes, aos milhares:
amores ébrios soltos pelos bares
e amores sóbrios, santos pecadores.

Amores puros, anjos avatares.
Amores tristes, súditos da lua.
Amores ímpios, serviçais da rua
e amores falsos, pelos calcanhares.

Amanhã vou abrir meu coração
e expor, nos achados e perdidos,
até mesmo os amores de verão.

Esconderei somente o preferido
e que me trouxe mais desilusão:
o amor por ti, em todos, escondido.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 27/01/2021
Alterado em 27/01/2021
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