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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Metáfora da reencarnação

O sangue antepõe-se ao gemido,
que anuncia a morte iminente.
A dor desaparece de repente
e a vida passa ter novo sentido.

O homem, ora morto, dividido
entre a realidade e a crença,
procura qualquer coisa que o convença
de que será por Deus reconhecido.

E Deus, em seu juízo onisciente,
declara ser o homem inocente
de todos os pecados cometidos.

E, assim, o homem morto vira santo!
E finalmente, como por encanto,
a dor volta em busca dos gemidos.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/01/2021
Alterado em 30/01/2021
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