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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Metáfora de um soneto a termo

Há um soneto a termo em minha mente,
à espera de um espasmo de talento
que possa induzir o nascimento
do verso que serviu como semente.

Há um soneto à espera do momento
em que há de parir a dor silente,
que se fartou de mim e, de repente,
submergiu no mar do pensamento.

Há um soneto em busca da cegonha,
que quer nascer, mas morre de vergonha
por não herdar, do gene, a perfeição.

Dane-se a pena douro do parnaso,
pois vai nascer e, mesmo com atraso,
há de mostrar ao mundo o seu quinhão
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 30/01/2021
Alterado em 05/02/2021
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