![]() Espúria Ambiguidade
Qual verme repulsivo sequioso por vegetar preceitos moribundos, eis o poeta entregue há dois mundos, não sei qual deles dois mais presunçoso: o mundo fictício da vaidade, onde o poeta abraça-se a Narciso e busca no espelho o paraíso do ego, que é de si, a divindade? O falso mundo vil da hipocrisia que a verve impunemente se apropria, pra conspurcar a tinta no papel? Em qualquer dos dois mundos, vão poeta, a poesia come o que dejeta, e torna a ruminar o próprio fel. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/02/2021
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