No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Filosofema

A mesma mão que escreve um poema,
que põe a arte em pontas de cinzéis,
que acaricia as cerdas dos pincéis,
que faz heróis, guerreiros, Iracemas...

Também é arma pros homens cruéis,
na infindável espera da algema,
fazerem da morte o eterno tema,
com sangue tinto a rabiscar papéis.

A mesma mão que molda os anéis,
burila alianças nos bordéis,
a ostentar no dedo como emblema...

Também é arma pros homens fiéis,
voltarem das batalhas pros quatéis,
como guerreiros para Iracemas...


Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 15/11/2005
Copyright © 2005. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras