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Filosofema
A mesma mão que escreve um poema, que põe a arte em pontas de cinzéis, que acaricia as cerdas dos pincéis, que faz heróis, guerreiros, Iracemas... Também é arma pros homens cruéis, na infindável espera da algema, fazerem da morte o eterno tema, com sangue tinto a rabiscar papéis. A mesma mão que molda os anéis, burila alianças nos bordéis, a ostentar no dedo como emblema... Também é arma pros homens fiéis, voltarem das batalhas pros quatéis, como guerreiros para Iracemas...
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 15/11/2005
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