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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Às favas com o rigor das regras

Eu escrevo o que sinto e o que não sinto.
Eu escrevo o que penso e que não penso.
Eu descrevo o pequeno e o imenso.
Eu descrevo o extenso e o sucinto.

Eu escrevo a verdade. Às vezes minto.
Eu escrevo a mentira e, se preciso:
um verso a se encontar num paraíso
e um verso a se perder num labirinto.

Procuro a poesia em todo canto,
qualquer que seja o modo. No entato,
debulho o meu poema, bem ou mal:

um soneto sem pé e sem cabeça,
que não faça questão, nem obedeça
o que manda o rigor gramatical.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 17/02/2021
Alterado em 17/02/2021
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