MOTE (Daudeth Bandeira)
ATÉ O "PULMÃO DO MUNDO" ESTÁ SEM OXIGÊNIO! 

No auge da pandemia,
da covid-dezenove,
o tal do vírus sars cov
não tem ideologia:
se espalha à revelia,
com a morte faz convênio.
O sacana mitogênio
rouba ar de moribundo.
ATÉ O "PULMÃO DO MUNDO"
ESTÁ SEM OXIGÊNIO!

"Clorokiller" de plantão,
versado em demagogia,
vai fazendo serventia,
aos madamentos do cão:
alienar a nação,
quem sabe um quadriênio.
E enquanto posa de gênio,
vulgar e nauseabundo,
ATÉ O "PULMÃO DO MUNDO"
ESTÁ SEM OXIGÊNIO!

Patente de capitão
(alijado do quartel)
que fez chorar o cordel
de tristeza e frustação,
à frente do pelotão
faz do carvão gasogênio,
tira, da água, hidrogênio,
deixa o2 infecundo:
ATÉ O "PULMÃO DO MUNDO"
ESTÁ SEM OXIGÊNIO!

E segue, marcando o passo,
a ruminar ironias:
"E daí, eu sou messias,
mas milagre eu não faço".
E faz papel de palhaço
do camarim ao proscênio.
Eis o mote do milênio
uma rima pra raimundo:
ATÉ O "PULMÃO DO MUNDO"
ESTÁ SEM OXIGÊNIO!

GLOSA: