![]() Desafinado desatino (da oficina)
Olhos castanhos qual camaleão, nariz traquino qual tamanduá, voz afinada entre Ré e Fá, orelhas de quem presta atenção. Um ar de recatada educação, andar macio bem descontraído, cabelos, alguns anos já vividos, caídos sobre o pomo de Adão. Assim eu era quando a conheci: um mago, um sorriso ambulante... o corpo um tanto esguio, aconchegante, com o viço que, enfim, também perdi. Agora eu desafino em Sol e Si, enquanto ela procura um novo amante. E bem, provavelmente, neste instante, desdenha destes versos, por aí... Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/06/2021
Alterado em 14/06/2021 Copyright © 2021. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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