No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

16 de julho de 1941

Em menção ao "Cortejo Poético" do padre-poeta Antônio Tomás, de Araquém Vasconcelos

 

Padre-poeta segue o seu destino,

ao versejar da última viagem,

enquanto o céu lhe serve de passagem

para os braços abertos do divino.

 

Carminha, a matriarca dos Sabino,

nos pinta, com pesar, sóbrio cortejo.

E eu, triste poeta, antevejo

a corda do porvir tocar o sino.

 

Um velho Chevrolet, à manivela,

embora roube a cena, faz mais bela

a tardinha do sol de Alvaçã.

 

Aos versos d'O Palhaço, se completa

a última viagem do Poeta

que deu a Eva o róseo da maçã.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 29/10/2021
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