No prelo há mais de 50 anos...

O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

Bucolismo de Natal

Uma penca de coco babaçu

Ressecada ao sol do meio dia...

Um pedaço de pau, sem serventia...

Um moleque de roça, seminu...

 

Um mugido de boi na vacaria...

O gorgolejo triste do peru...

Se a morte entedesse o glugluglu,

Sabe Deus se, com pena, o pouparia.

 

Um menino no colo de Maria...

Um peão esquentado a boia fria...

Alguns pingo de chuva na lavoura...

 

Uma reza no fundo do quintal,

Pra lembrar que era dia de Natal

E alguém se lembrou da manjedoura.

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 07/12/2021
Alterado em 07/12/2021
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