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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O vinho do Orfeu

Até que enfim o vinho adormeceu

A verve do poeta, e a poesia

Bebeu bem muito mais do que podia,

E menos, muito menos, do que eu.

 

Saiu, de braços dados com Orfeu,

Atrás de um tal Vinícios de Morais,

Por todo o oceano, até o cais

Do porto, em que o dia amanheceu.

 

E eu, que bebo vinho todo dia,

Não sei se o tal Vinícius não sabia

Quem foi Orfeu, "Orfeu da Conceição".

 

Mas sei que o vinho tinto, certamente,

Mexeu nalgum lugar da minha mente,

Até me embriagar a inspiração.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 11/12/2021
Alterado em 01/02/2023
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