![]() Cego dos olhosCego dos olhos, olha, com a alma, o seu mundo a rodar feito peão! E sente acarinhar, no coração, a mão que, generosa, lhe acalma.
A dor, incontinente, bate palma pro verso que seduz o sofrimento, e voa, pelas as asas do lamento, por onde já não voa uma vivalma.
E lá se vai, com ela, o Assum Preto a beliscar os versos dum soneto, por sob "a mata em flor no sol de abril"...
E embora cego, o velho Assum Preto é capaz de pousar sobre um graveto e cantar seu cantar primaveril. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 28/12/2021
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|