![]() Versinho de pé quebradoUm versinho banal, de rima externa, Veio a mim nessa tarde pachorrenta. E a poesia insiste, enquanto tenta, Em vão, se equilibrar numa só perna.
E vem mais um versinho e afugenta Uma réstia de sol que pede abrigo, E a poesia ouve o que eu não digo E fala o que não ouço, e argumenta...
Dá-me um tempo e vou ver se eu consigo Um versinho melhor, embora antigo, Para chave de ouro do soneto.
Quem sabe algum versinho arrependido Possa roubar-lhe o pejo e o sentido... Vou pensar... todavia... não prometo. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 05/01/2022
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