![]() De volta ao caisPor entre os cochichos dos casais, O tango se evola de paixão! Um trago de cigarro, solto em vão, Faz o bandonéon tossir seus ais!
Um bêbado encosta no balcão E pede uma garrafa de carinho. Um outro, que também bebe sozinho, Afoga a sua dor na solidão.
O tango veste as roupas da tristeza, E sai, a mendigar, de mesa em mesa, Um trago de amor e nada mais.
Eu pego, então, o lápis, o papel... Converso dois segundos com Gardel, E nado, em um soneto, até o cais. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 14/01/2022
Alterado em 14/01/2022 Copyright © 2022. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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