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O amor, poeta, é como cana azeda, A toda boca que não prova engana. (Augusto dos Anjos)

Textos

O último poema de sexta-feira à noite

Depois do vinho tinto e da cerveja,

Meu coração não sebe onde ir:

Se volta ou vai em busca do porvir,

Atrás do que não sabe que deseja.

 

Um coração-poeta sempre almeja

Somar um verso a mais à poesia.

Pois vive a depressão e a mania,

Como se fosse o bolo e a cereja.

 

Hoje, uma sexta-feira, dia santo,

Não sei ao certo como, onde e quanto

Meu velho coração cobra de mim,

 

O verso esquecido no passado:

Aquele que me fez ser condenado,

A pensar dizer Não, e dizer Sim!

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 21/02/2022
Alterado em 25/02/2022
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