![]() Restos (mortais) a pagarA morte, quando fala, balbucia Seu cansado e sinistro estribilho, Enquanto põe o dedo no gatilho Pra devolver, a Deus, a sua cria.
A morte veste a velha fantasia: Uma sombra sem rosto sob um manto, Uma foice amolada pelo pranto De quem foi sem saber se voltaria.
Sócia majoritária da saudade, A morte reduziu, pela metade, O preço do adeus na despetida.
Passado algum tempo, todavia, Cobra juros de mora, quem diria, Sobre a taxa de uso da "jazida". Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 01/09/2022
Alterado em 01/09/2022 Copyright © 2022. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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