![]() O só e sua sombraE era um morto-vivo, um vegetal! Um pobre faz-de-conta da história, que cedo deu a mão à palmatória e fez co'a morte um pacto conjugal.
Um peso, uma sombra cerebral! Não via, não falava... só sentia o frio na garganta, que descia, como se fosse a laje funeral.
Aos vinte e cinco anos dessa vida, nem mesmo anunciou a despedida, fechou os olhos, cego... e, calmamente...
morreu sem nem ao menos ter vivido, deixando de herança o gemido da dor, que cultivou desde semente. Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 09/09/2022
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