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![]() Falso pruridoEm nome da moral e do costume, O talento se rende ao malfeito. E o artista, que sempre é o suspeito, Serve, à moralidade, como estrume.
Em nome da moral, bate no peito O coração dos homens sem moral. E o outro acha tudo natural, Desde que não invada o seu direito.
E como a causa é parte do efeito, A flor há de exalar o seu perfume. Em nome da moral e do costume, Uma flor sem perfume tem defeito.
Um moralista, como um vaga-lume, Ora acende ora apaga o preconceito. Herculano Alencar Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 27/10/2022
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