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Fabela da rosa e o espinho
Um dia uma flor, bela e formosa,
tentou menosprezar o seu espinho: —Que fazes tu aí no meu caminho!? —Não vês que não perfumas como rosa!? Caía a tarde, um tanto preguiçosa, tangendo o perfume pro ocaso. E a rosa continua o pouco caso, tolhendo, o espinho, presunçosa. Um velho beija-flor-bico-vermelho olhou pra rosa e deu-lhe um conselho: —Tu deves ao espinho gratidão... —Verga teu talo, em tom de reverência... —Não fosse essa discreta saliência e tu não passarias de um botão.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 07/12/2007
Alterado em 08/12/2007 Copyright © 2007. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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